>
A Esclerose Multipla é uma doença crônica, degenerativa, desmielinizante e sem cura, caracterizada pela perda da bainha de mielina que envolve e isola a fibra nervosa. Esta doença é a causa mais importante de incapacidades por doenças neurológicas em adultos jovens e de meia idade.
A fisioterapia não atua diretamente sobre o processo patológico, e sim no nível das limitações e incapacidades apresentadas por cada paciente. As metas e o tratamento fisioterapêutico manual para cada paciente devem ser direcionados a partir de suas capacidades e necessidades no momento, levando em consideração os limites do paciente.
O Conceito Bobath apresenta como princípios a obtenção de um padrão muscular mais normal possível, a utilização de posturas de inibição reflexa, impedir a instalação de padrões anormais de movimento, fornecer o máximo de informações proprioceptivas e esteroceptivas, realizar um atendimento individual e tratar o paciente de forma global
Com isso, pode ajudar nas limitações e incapacidades apresentadas pelo paciente. O Bobath consiste em movimentos passivos e ativos, onde apenas estes oferecem sensações para que o paciente aprenda os movimentos voluntários. Dentre as indicações para o método estão: melhorar o controle postural e a simetria corporal, alongar músculos, dar maior propriocepção articular, adequar o tônus muscular, estimular reações de proteção e de equilíbrio, realizar a dissociações de cinturas e aprimorar a deambulação.
O tratamento com o Bobath varia de acordo com a condição em que o paciente se encontra, flácido ou espástico. Para ajudar o paciente a realizar o movimento normal o fisioterapeuta mantém um contato manual através dos pontos chaves, que geralmente encontram-se próximos a união dos esqueletos apendicular e axial, a fim de facilitar o estímulo aferente normal e o tônus postural, tendo como consequência os padrões de movimentos normais
As posturas inibitórias do Conceito Bobath podem ser usadas para a redução do tônus muscular em portadores de EM que apresentam espasticidade. Os exercícios de facilitação, como dissociação de cinturas e trabalhos de endireitamento com a bola de suíça, podem ser úteis no tratamento das paresias e nas alterações cerebelares para melhorar o equilíbrio dos pacientes
Nenhum comentário:
Postar um comentário