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As condutas como o método Bobath não são capazes de proporcionar ao paciente lesionado soluções para se obter a resolução de problemas e processos de decisão que são necessários para a adaptação na vida normal diária.
Elas apenas treinam hábitos os quais o paciente não é capaz de modificar ou usar em outras situações fora do centro de reabilitação. É necessário que os terapeutas auxiliem na melhora das capacidades sensório-motora dos seus pacientes de modo que eles sejam capazes de satisfazer a demanda de sua vida diária e apreciar também sua vida de lazer.
As condutas fisioterapêuticas para o método Bobath englobam técnicas para reações de proteção, inibição da flexão dos dedos do pe, tapping de deslizamento e extensão dos dedos, facilitação da rotação de tronco; também são descritos exercícios de marcha, subida de degraus, posicionamento no leito e na cadeira, normalização do tônus postural, orientação de movimentação seletiva do paciente sem esforços excessivos, reeducação das reações de equilíbrio na postura sentado e em pé, redução ao máximo das reações associadas, reeducação da marcha funcional, atividades de vida diária e um programa de exercícios a serem realizados em casa
O treino de atividades de vida diária refere-se a prática das tarefas que o paciente portador de uma incapacidade física terá de aprender para alcançar a independência funcional na sua rotina diária, ou seja, são atividades que visam o auto cuidado em relação as transferências, vestuário e manejo de cadeira de rodas.
O método Bobath utiliza as grandes articulações como o ombro, coxofemoral ou da coluna como elemento de excitação-inibição. As manipulações são realizadas sobre acolchoados, grandes bolas plásticas insufladas de ar, rolos e almofadas.
O treino de ficar de pé poderá ser auxiliado por móveis especiais, como as banquetas. É importante que a criança se movimente ativamente, independente da maneira de combinação na inibição e facilitação dos movimentos. Os movimentos inibidores de reflexos são iniciados a partir de certos pontos-chave de controle como o da cabeça, do pescoço, da cintura escapular, da coluna e da pélvis, pois estas são as partes do corpo em que se originam a atividade motora normal e a anormal.
O grau e a distribuição da hipertonia das extremidades podem ser controlados e influenciados a partir desses pontos-chave mais proximais, isto permite a combinação de inibição e facilitação simultâneas. Alternando constantemente os pontos-chave de controle, pode-se obter uma sequência completa de movimentos automáticos ativos sem interferências de padrões anormais.
A criança é manuseada em diversas posições, denominadas supino, prono, sentada, ajoelhada e em pé. Verificando assim, quais os movimentos realizados ou não pela criança. Ao falarmos do método de Bobath para o tratamento/atendimento da criança com lesões neurológicas, não podemos deixar de referir a importância que é dada à intervenção precoce. A estimulação precoce realizada com a participação da família promove um processo de reorganização neural progressivo, que facilita o desenvolvimento da funcionalidade neuromotora..
É importante lembrar que quanto mais precoce for realizada a intervenção, melhor será a resposta às aquisições motoras.
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